domingo, 31 de janeiro de 2010

PICINGUABA - Parte 3 - Final







No penúltimo dia bateu aquela vontade de aproveitar muuuuito. Fizemos um roteiro elaborado que consistia em sair mais cedo para conhecermos a praia de Prumirim, a cachoeira e ainda voltarmos para a vila, tomar banho e ir jantar em Paraty.

Depois da praia regada a camarão, queijinho coalho e açaí, só mesmo tomando muita água de coco. Santa mistureba!

Hora da cachoeira que pelas fotos não engana o quanto é linda e poderosa.
O Filipe andava se queixando do ombro e do braço, mas atribui tudo às horas que ele passou dirigindo e a carregação de peso pra lá e pra cá. Ainda sentenciei que nada melhor que banho de mar, com aquele sal grosso todo.

Por conta desse braço bobo foi que ele escorregou nas pedras da cachoeira, na hora que todos fugiam do pé d’água que estava prestes a cair. Vocês já notaram uma coisa? Está todo mundo molhado à beira mar ou nas cachoeiras e na hora que começa a pingar todo mundo corre da chuva? rsrs
Enfim, ele se ralou só um pouquinho, mas o pior mesmo foi que caiu em cima do braço sensível. Na hora da queda bem que eu notei uma coisinha preta saltando da sacola para a água e depois de acudi-lo me pus a conferir: documentos ok, celular ok, máquina fotográfica (emprestada do ex marido, vixe perder! E as fotos maravilhosas que fiz na viagem? Vixe outra vez!) também ok.

Na hora de entrar no carro (estacionado na rodovia Rio-Santos) procura que procura as chaves do carro. Afinal foi com desgosto que descobri o que era a tal coisinha preta que pulou da sacola dentro da cachoeira na hora da queda.
O povo correndo e tirando os carros, a chuva começando e a noite chegando...Só de lembrar me arrepia mais do que a idéia do tsunami...rsrs
Um casal de Campinas se prontificou a nos deixar no posto da Polícia Federal que ficava a uns 2 km dali. Decidimos ir eu e o Breno, enquanto os três ficaram no acostamento, aguardando.

Ligamos para o seguro que já nos avisou que o chaveiro demoraria uma hora para chegar. Um dos policiais se ofereceu para ligar para um chaveiro em Ubatuba, pois diz que é comum perderem as chaves na cachoeira. Morremos de rir quando do outro lado da linha o policial falava com Edson o mesmo chaveiro do seguro. Além da coincidência, nos lembramos do chaveiro mais solicitado daqui de Serra que também é Edson e conhecido por todos! Quem mora no interior sabe como essas coincidências são engraçadas.
Depois de nos auxiliar o policial Lima (também é o nome de um policial dos antigos aqui na cidade!!! Rsrsrs) se dispôs a nos levar até o nosso carro. O Breno mais do que depressa: - Mãe quero ir na frente! (eta molecada que não cresce nunca! Rsrs)
E foi assim que chegamos no carro da polícia federal, para surpresa dos nossos que ficaram na estrada e desataram a rir. Tudo muito bem regado a chuva, é claro!

Na Santa Casa de Ubatuba depois do Filipe ser medicado e passar pelo raio X veio o diagnóstico: bursite.
Nada nos abalou. Voltamos para a vila, tomamos o nosso banho e lá pelas 22h30 chegamos em Paraty. O nosso último jantar dessa viagem inesquecível: uma deliciosa paella devorada sob a performance de Willian, o Mágico!

***

Na volta pra casa além de meus gatuchos queridos:
Branquinha – apelido Nina
Princesa – apelido Gorda
Theo – apelido Parafuso Maluco
Adivinha quem me esperava em cima da cama?...

... Meu nécessaire!

Já falei pros meninos (e isso inclui o marido) temos que marcar outra viagem antes de expirar a validade dos repelentes e protetores, vocês não acham?

PICINGUABA - Parte 2




Fotos: Ilha das Couves

O passeio até a Ilha das Couves é imperdível. Fica a 10 minutos da praia de Picinguaba. Mas levem qualquer coisinha pra comer, pois o atendimento do único quiosque é precário. Na volta já no final da tarde quando o nosso barco cruzou com o de alguns pescadores fizemos a encomenda para o jantar. Era só ir buscar dali a uma meia hora o peixe fresquíssimo e limpo. Desejei muito umas lulas que vieram junto com o peixe e gentilmente o Nelson, um gatão grisalho que tem casa ali nos cedeu. Arrumei coentro na horta de uma senhora; coentro-bravo como eles chamam, parece uma folha de almeirão, mas é igualmente perfumado.
O peixe e as lulas, uma lata de molho de tomates, muita cebola, azeite, as duas folhinhas rasgadas daquele coentro e a benção de cozinhar tudo isso numa panela de barro que encontrei na casa, fizeram a luxúria do nosso jantar.

De madrugada a Carol e o Iago passaram mal. Vômitos e diarréia. Não podia ser o peixe, que além de fresco não fez mal a mais ninguém. Quando amanheceu procuramos o posto de saúde da vila, fomos gentilmente atendidos por uma moça que nos disse que a enfermeira aparece uma vez por semana e o médico agenda de 15 em 15 dias. Saímos de lá com um envelope de soro para preparar em casa. Batemos em retirada para a Santa Casa de Paraty (30 km) cada qual com o seu kit-vômito: toalha, saco plástico e garrafinhas de soro.

Passando pela médica, hospital bombando de gente com virose, a Carol foi liberada com uma receita de Plasil. O Iago além de um coquetel na veia, tomou 3 litros de soro. Disseram que poderia ser a combinação água+calor. Ok, ninguém pensou em lavar louça e escovar os dentes com água mineral Serra Negra.

Foi até bom não termos ido à praia naquele dia, pois descansamos a pele do sol. No final do dia estavam todos bem com exceção do Breno que passou a ter um comportamento estranho: falava pouco e coçava o corpo e os dentes (sim, dizia que tinha coceira nos dentes!). No início pensamos que ele estava fazendo laboratório de teatro e tirando um sarrinho da gente. Mas não passou e começamos a ficar preocupados. Daí a Carol se lembrou que ele também estava enjoado no final da tarde e tomou o Plasil receitado pra ela. A bula continha uma série de contra indicações, inclusive que poderia ter esses efeitos de inquietude deixando a pessoa meio fora do ar.

Em duas horas, depois que tudo aquilo passou fomos ao Bar do Ademar apreciar a lua e falar sobre o fim do mundo. E se um tsunami nos engolisse agora? Mal acabamos de falar a energia faltou e a lua sumiu. Creeeeedo!!!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

caipirinhaS


vOU fiC@nDO por AQui...
Amanhã tem mais.

Dia 18...



...Teve jantar à luz de velas em Paraty para comemorar nosso aniversário de casamento.
Conheci o Filipe pela internet em 2001, nos conhecemos ao vivo em Portugal em 2002 e conseguimos ficar juntos em 2004. Mas essa é uma outra (longa) história que qualquer dia eu conto...

Todo mundo






Iago na praia da Almada
Filipe e eu no riacho da Casa da Farinha
Carol e Breno na Casa da Farinha

Todos os dias...




...Eu me sentava na soleira da porta para tomar café. Praia diante dos olhos, pescadores chegando e saindo de barco, nativos e turistas (muitos estrangeiros) indo e vindo. Todo mundo se cumprimenta sorrindo!... Também pudera!

Da varanda do nosso quarto...




Visão do lado direito, no centro e esquerdo... Ah que saudades de dormir com aquele barulhinho... Chuááá... Chuáááá...

Detalhes da "nossa" casa




Alugamos a casa do Julinho, um cara super gente boa - tem um quê do Tom Zé, só que mais jovem - ele comprou e reformou a casa de um pescador. Ela fica de frente pro mar. Mais precisamente a 8 passos da areia.

PICINGUABA, tudo de BOM!


Para esclarecer o que eu não sabia direito antes da viagem. O Núcleo Picinguaba- Parque Estadual da Serra do Mar - que fica entre Ubatuba (SP) e Paraty (RJ) tem como objetivos "a preservação e educação ambiental, valorização da cultura local e pesquisa científica". Visitem o site e vocês vão entender tudinho.

***
A saga começou na reunião que fizemos logo depois do Ano Novo para definir alguns critérios para a viagem. Ainda não tive tempo de contar, mas aqui em casa somos loucos por uma reuniãozinha para definir as coisas. Além das viagens já tivemos encontros para falar da bagunça de cada um, o uso do computador e escolher o nome de cada gato assim que chegavam. Essas são as reuniões extraordinárias e neste caso permitimos convidados.

Bom, sobre a viagem. Percebemos logo que a bagagem que cada um levaria era quesito dos mais importantes. Havia ainda a nossa convidada Carol que foi gentilmente alertada para o fato de ou ela ou a mala, se esta fosse muito grande.
Normalmente vamos a Paraty. Os passeios naquela região são muuuitos, com índice zero de concorrência por um espaço na areia ou no mar, sempre lindo. É tudo o que queremos e raramente vamos aos mesmos lugares, com exceção da noite que é sempre no Centro Histórico que todos adoram. Lá toda muvuca é bem vinda.

Descobri Picinguaba no inseparável amigo de todas as buscas, o Google. Aliás, não sei como vivi sem buscadores até hoje! Servem para localizar amigos de infância e outros saudosismos e é sem dúvida o melhor livro de receitas que já tive, além de me proporcionar outras gostosuras que só entraram na minha vida com o advento da net, mas essa é outra história que vocês verão a seguir.
Retomando: a bagagem.

Notaram que eu estou com uma baita dificuldade em me concentrar só na viagem? É que já voltamos há alguns dias e vocês sabem, a essa altura muita água já rolou.

Com o aluguel da casa em Picinguaba o maior desafio era fazer caber em cada mala a roupa de cama e banho de cada um, além da moda praia das duas meninas com sua variedade de cangas, sacolas e toalhas. Obviamente também estava previsto um super nécessaire de cremes e afins. O meu era composto de 2 protetores solares, creme verão/cabeloduro/praia, shampoo e condicionador especial cabelos tintos, protetor labial, protetor especial para o rosto, hidratante para o rosto, pente de dentes largos, pinça, tesourinha, lixa de unhas, sabonetes e creme dental, caladryl, repelentes e um maravilhoso hidratante corporal em spray - isso mesmo, em spray que nem meleca nem dá trabalho para passar. Tudo novinho comprado no decorrer do último mês com dinheiro do 13º (com exceção do spray que ganhei de natal da Bel) para não sobrecarregar o orçamento na última hora.

Uma outra forma de economizar foi levar umas coisinhas pra nos socorrer no pós praia se a fome apertasse enquanto tivéssemos que aguardar a nossa vez de usar o chuveiro. Biscoito de polvilho, miojo, bolachinhas e outras pucaliadas. Achei conveniente levar alho, cebola, frutas, arroz e um bom azeite, além de algumas latinhas de conserva, gelatina, suco em pó, maionese, leite, achocolatado e sucrilhos, pois descobri que o único mercadinho da vila é fraco e só traz as coisas sob encomenda. Essa comprinha rendeu uma caixa grande de supermercado e acabamos trazendo de volta 1/3 dela. Levamos também um galão de água mineral de Serra Negra, obviamente. Acontece uma coisa estranha comigo quando estou fora e tomo água de Serra Negra. Vem a sensação de ter encontrado uma amiga também de férias em outro lugar. Nesse caso uma valiosa amiga, pois o galão que aqui nos custa R$ 2,50 no litoral segue a cotação do euro. É... Dá pra tomar na praia duas garrafas de 500 ml e olhe lá! Ô cidade abençoada essa Serra Negra!

Era importante ter um panorama geral. A montanha de bagagem dormiu na sala. Aliás, só a bagagem dormiu. Parecíamos um mutirão em mudança. O Filipe coçava a barba...
- Gente, parem com isso que não vai caber.
Por último chegaram os travesseiros. O Breno abriu mão da bola, o Iago da prancha. A Carol por ser visita, não precisou abrir mão de nada. Chegou pedindo desculpas pelo tamanho da mala. Do fardo de papel higiênico que ela trouxe achamos melhor levar só 4 rolos.
Tudo foi milagrosamente encaixado pelos homens da casa (curioso é que lendo o blog da Ana Sinhana, nessas viagens Família Busca Pé algumas coisas saem muito parecidas como, por exemplo, os homens encaixando milimetricamente tudo no porta malas...rsrs)

Saímos às 3h30. Dia lindo, amanhecemos na estrada e foi logo na primeira parada que descobri que o meu nécessaire... NÃO VEIO!

P#$@ Q#$ p@%$U &**+!!!!!. Perguntei várias e ininterruptas vezes se não tinham visto aquela malinha de florzinhas vermelhinhas entrar no carro. Eles procuraram. Era preciso cuidado para não desmontar em demasia o que já estava encaixado com o risco de mais alguma coisa ter de ir parar nos bancos conosco. Veio a constatação. Fiquei amuada e calada até encontrarmos num supermercado. Deu raiva ter que comprar tudo de segunda e ainda pagar os olhos da cara. Para o dinheiro que levei exclusivamente para as minhas despesas (ah! o Centro Histórico de Paraty ...) não acabar na primeira parada, comprei só protetor solar, xampu e condicionador furreca que também usei para besuntar os cabelos antes do banho de mar.

E VIVA A SIMPLICIDADE E BELEZA QUE VIVEMOS NESTA VIAGEM!!!

sábado, 16 de janeiro de 2010

VAMOS A LA PLAYA, Ô,Ô,Ô,Ô,Ô

Estarei fora até o dia 23. Vamos conhecer o Núcleo Picinguaba-SP
UEBAAAAAAAAAAAA!
Depois conto tudo...
bjks

Moça da página 194


Texto: Martha Medeiros
Ela é loira e linda. Tem 20 anos. Modelo profissional. Saiu na última edição da revista americana Glamour ilustrando uma reportagem sobre autoimagem, e foi o que bastou para causar um rebuliço nos Estados Unidos. A revista recebeu milhares de cartas e e-mails. Razão: a barriga saliente da moça. Teor das mensagens: alívio. Uma mulher com um corpo real.

Não sei se Lizzie Miller, que ficou conhecida como a mulher da página 194, já teve filhos, mas é pouco provável, devido à idade que tem.

No entanto, quem já teve filhos conhece bem aquela dobrinha que se forma ao sentar. E mesmo quem não teve conhece também, bastando para isso pesar um pouco mais do que 48 quilos, que é o que a maioria das tops pesa. Lizzie não é um varapau — atua no mercado das modelos “plus size”, ou seja, de tamanhos grandes. Veste manequim 42, um insulto ao mundo das anoréxicas.

A foto me despertou sentimentos contraditórios. Por mais que estejamos saturados dessa falsa imagem de perfeição feminina que as revistas promovem, há que se admitir: barriga é um troço deselegante. É falso dizer que protuberâncias podem ser charmosas. Não são.

Só que toda mulher possui a sua e isso não é crime, caso contrário, seríamos todas colegas de penitenciária. Sem photoshop, na beira da praia, quase ninguém tem corpaço, a não ser que estejamos nos referindo a volume. Se estivermos falando de silhueta de ninfa, perceba: são três ou quatro entre centenas. E, nesse aspecto, a foto de Lizzie Miller serve como uma espécie de alforria. Principalmente porque ela não causa repulsa, ao contrário, ela desperta uma forte atração que não vem do seu abdômen, e sim do seu semblante extremamente saudável. É saúde o que essa moça vende, e não ilusão.

Um generoso sorriso, dentes bem cuidados, cabelos limpos, segurança, satisfação consigo próprio, inteligência e bom humor: é isso que torna um homem ou uma mulher bonitos. Aquelas meninas magérrimas que ilustram editoriais de moda, quase sempre com cara de quem comeu e não gostou (ou de quem não comeu, mas gostaria), são apenas isso: magérrimas. Não parecem pessoas felizes. Lizzie Miller dá a impressão de ser uma mulher radiante, e se isso não é sedutor, então rasgo o diploma de Psicologia que não tenho. Ela merecia estar na primeira página, mas, mesmo tendo sido publicada na 194, roubou a cena.

Que reação a foto causou em você? Repúdio ou alívio ?

E vocês homens ? Ficaram surpresos ? Sem dúvida é um artigo interessante !!!


Nota do Blog Lina Rosa-Artes:
Recebi esse material por email da Brígida, acontece que ainda não sei colocar link para o nome Martha Medeiros que é uma escritora e tem um blog no site Zero Hora.com
Se alguém puder me ajudar, gostaria de aprender a inserir o link em tudo que eu por ventura citar no decorrer do meu texto. Conseguirão linkar o blog dela através do título.
Essa matéria achei demais e gostaria da opinião de vocês.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

OUTROS CANTINHOS



Os fantoches eu não fiz, mas que graça esses dois aí...
Essas fotos são do corredor das salas do infantil, um espaço que todos podem usar.

TUDO JUNTO FICA ASSIM!

MÓBILE E POLTRONA



A poltrona na verdade é uma cadeira de plástico, mandei fazer essa capa em lona... O viés, almofada e botõezinhos coloridos deram o charme. Serve como cadeira para amamentar pois tem braços.
O móbile foi aquela coisa quando você olha para o espaço pronto e diz: - HUUUM... Ainda tá faltando alguma coisinha aqui!... S' imbora fazer!

BANCO SAPITO e MESA RECICLADA



O banco, bem sem graça estava na escola há séculos. Levou umas pincelas na vespéra das aulas começarem...rs
A escrivaninha originariamente em cerejeira, era minha mesinha de estudos quando eu tinha 10 anos. Foi só botar cor que ficou assim!...

PARA BORDAR CANTANDO E RECITANDO!...




Pedacinhos do Núcleo do Infantil. A dona Rosa, avó do Léo e do Ric costurou todas as capas. Bordados e design by EU.
Notem que algum pituco já arrancou o nariz e a orelha do gato.

SUPER HERÓIS INVADEM A ESCOLA


Na minha apresentação eu disse que era diretora de uma escola linda.
O objetivo desse blog não é falar da escola, mas já vi que será inevitável o aparecimento dela. Justifico que é linda por causa das pessoas que "vivem" nela.
Essa foto é do 3º EM no dia das crianças do ano passado. No fundo disfarçadas de alunas a Lúcia (matem) e a Patrícia (quím). Essa mulher aconchegadinha entre eles sou eu.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

UM DOMINGO PRA LÁ DE DIFERENTE!

Sábado à noite ligaram para o Breno da Agência Cia 2, propondo um trabalho para o dia seguinte, às 6 horas da manhã em São Paulo.
Ponderando o fato dele ser um iniciante como ator, considero que todas as experiências são importantes, mesmo neste caso sendo um trabalho de figuração.
E assim foi: saímos de Serra Negra às 3 horas de la matina, rumo a um shopping desconhecido em São Paulo, onde seriam feitas as gravações.
Minha bagagem para passar o domingo esperando consistia numa revista de palavras cruzadas, um livro – A psicanálise dos Contos de Fadas (que leio pela terceira vez), uma maçã (para evitar a tentação das docerias) e uma roupitcha de passear no shopping, incluindo um par de sandálias de salto.

***
Quando chegamos o burburinho já havia se instalado com as equipes de produção e técnica montando seus equipamentos.
Logo tratei de encontrar um espaço para armar meu acampamento, considerando as longas horas de espera. Neste momento uma moça da agência se aproximou e me perguntou se eu pretendia passar o domingo ali.
Tendo interpretado essa pergunta como uma ocupação inconveniente e indevida do local já ia me apressando em recolher tudo quando ela me convidou para participar das gravações, uma vez que uma das agenciadas não apareceu.
Entre a expectativa (irreal) de ser despejada e ainda perder a gravação do meu filhote, além da possibilidade de uma nova experiência, obviamente a resposta foi... SIM, ACEITO!

***
Após a assinatura do contrato que incluiu além da divulgação do trabalho e direitos de imagem o acordo de um lauto cachê de cem reais, passei pelos figurinistas, maquiadores e cabeleireiro. Nessa altura eu já vislumbrava a possibilidade de me tornar uma grande atriz.
Entrei numa van junto com os demais atores rumo a um ponto de ônibus qualquer dentre os infinitos de Sampa. Isso foi por volta das 7 da manhã.
Logo percebi que o negócio não era moleza. Muito monta-desmonta-ajeita-refaz. A minha função de transeunte consistia em caminhar atrás do ponto de ônibus. E foi o que fiz, ou melhor todos fizemos cada um na sua função, umas 20 vezes.

***
De volta ao shopping já me apetecia a maçã. A próxima cena não era minha então tratei de passear pelo set, mundo até então absolutamente desconhecido pra mim. O Breno foi me explicando cada coisa, inclusive para que serve aquele cartaz parecendo uma história em quadrinhos. Trata-se da reprodução de cada cena que faz parte do anúncio e que iria ser filmada. Huuum... Eram doze e somente quatro estavam riscadas, tidas como prontas. Isso significava a gravação naquele dia das outras oito.
Outro detalhe que me chamou atenção foi o trabalho da equipe cenográfica: três moças muito habilidosas tratavam de esconder todas as logomarcas visíveis e criavam outras para serem usadas em cada cena. Isso sem contar que o suco servido numa delas deveria parecer fresco, portanto após cada CORTA! – do diretor, o suco saia do copo para uma garrafa onde era agitado e voltava para o copo, agora com espuminha. Após 2 horas ainda havia espuminha naquele mesmo suco como se tivesse acabado de ser feito.
Trabalho surpreendente também dos figurinistas, cabeleireiros e maquiadores que fizeram os 15 figurantes parecerem 50, apenas mudando as roupas, cabelos e maquiagem. Só eu troquei de roupa três vezes, sendo que as duas blusas de linha que usei me faziam transpirar numa incessante cachoeira entre os seios. Até aquela altura, ou melhor, até o final das gravações, o shopping inteiro em vidro não teve o sistema de ar condicionado ligado.
Afinal outra cena pra mim: Eu descia as escadas com uma sacola de compras assim que o ator espirrasse e saísse em direção ao cumprimento de um amigo.
Detalhe: a minha escada NÃO era rolante e cada vez que a moça da claquete gritava: - Posição iniciaaaaal!... Isso significada subir 15 degraus para novamente me posicionar.
Nessa altura o Breno gravava descendo a escada rolante, junto com um menino de uns nove anos. Quando a moça gritava: - Posição iniciaaaal! Ambos subiam pela escada rolante e não perdiam a oportunidade de fazer caretas pra mim.
Depois de repetir esta cena um zilhão de vezes o diretor achou que ficaria melhor se eu subisse a escada ao invés de descer.
Nota: Vocês ainda se lembram como eu saí de casa pronta para passear no shopping? De sandálias de salto...

***
Finalmente o almoço, lá pelas duas. Delicioso e variado. Com toda aquela canseira não houve quem não fizesse prato de estivador. Acho que essa coisa de gente famosa só comer saladinha é mentira. Impossível diante de tanto desgaste. Ou melhor, o meu desgaste. Pensando melhor acho que essa coisa da saladinha até pode ser pra alguns. Não acho que a Thaís Araujo tenha subido tantas vezes uma escada na mesma cena.
Bom... Voltando ao almoço, hora de conhecer um pouco meus colegas do elenco. Muita gente interessante com experiências diversas. Conheci a vovó das Casas Bahia. Muuuito gente boa. Não. Não encontrei nenhuma professora, quiçá uma diretora de escola. Nesse ponto tornei-me a curiosidade. As pessoas queriam saber como eu havia parado ali sendo eu de outra cidade, em pleno domingo e com uma profissão tão diferente. Nessa hora, toda ternurenta eu apontava para o Breno: - Sou mãe daquele moço lindo ali...

***
Terminado o almoço seguido de um refrescante sorvete, dentes escovados, xixi básico e nova maquiagem já estávamos todos prontos para as gravações.
Nessa hora ficamos sabendo que a minha cena deveria ser refeita por causa de um detalhe do espirro que não saiu muito bom.
- Posição iniciaaaaal!... Lá vou eu para a escada mais uma vez. Mais outra. Mais outra. Mais um milhão até que o espirro saísse convincente para o diretor.

Detalhe: o que até agora eu não contei é que essa trabalheira toda é uma encomenda do Ministério da Saúde de um anúncio que irá orientar a população quanto aos cuidados que devemos ter com a gripe A quando ela voltar outra vez este ano. Faz de conta que eu não contei nada, para não estragar a surpresa!

***
Sete horas. Fomos dispensados. Houve quem ficasse para gravar mais. Duas encantadoras menininhas de uns 2 anos acabaram de ser chamadas. Vestidos impecavelmente passados, cabelinhos ajeitados. Apenas uma iria atuar sentada no carrinho segurando uma bola “contaminada”. A outra em stand by só entrará se a primeira chorar ou não fizer direitinho.
Pais orgulhosos assistindo a gravação. Corujas como eu em relação ao meu filhote. Nem posso recriminar.

***
Voltamos pra Serra Negra, duas horas e tal de estrada. Banho. Um dos melhores da minha vida. O Breno exausto dispensou o macarrão com manjericão que preparei num piscar de olhos. Ao maridão apenas beijinho e um boa noite totalmente sem forças. Amanhã conto-lhe os detalhes da minha meteórica carreira de atriz.

***
Genteeein... Quando o anúncio passar na tevê não se esqueçam: aquele pontinho loiro subindo as escadas sou eu!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Eu acho que vi um gatinho...


O Theo o tempo todo brincando de esconde esconde entre os enfeites... eh eh...

Na ausência de Noel improvisei uma Fada...


Em casa onde habitaram sempre 3 homens e até pouco tempo tropeçavamos em bolas e carrinhos, uma árvore beeeem mulherzinha!

Todo mundo adorou!

Merece um close!




Não resisti: muito marabu, pérolas, flores e borboletas que fiquei fazendo até de madrugada.

Dia de desmontar tudo


Ontem foi Dia de Reis, dia de desmontar a árvore e de lembrar com saudades da tia Lina...

Essa árvore tem história: lá pelos 15 de Dezembro ainda não tinha montado nenhum enfeite de natal aqui em casa. Como fomos buscar o Breno em Sampa aproveitei pra dar um pulinho na 25. Minha intenção era fazer uma árvore toda em chita, fuxicos, fitas do Bonfim, etc. Acontece que me deparei com umas bolas ROSA E LILÁS, simplesmente MARAVILHOSAS!

Não ficou linda?

Nem a Princesa resistiu...


Finalmente chega o Iago pra "ajudar"!?


Esse piolho é meu caçula...

PARLA!


Não ficou um show?!

Lá vai ele tomando forma...




Como é gostoso imaginar não é mesmo?

Estava em dúvida entre revesti-lo de xantung ou ir fazendo um mosaico de tecido. Fiquei com a segunda opção quando me lembrei dos retalhos de tapeçaria que ganhei da Odete.

Breno não me abandona nessa empreitada... Fez uma linda colagem patchwork, do jeitinho que eu queriaaa!...

Quem sonha... Realiza!


Para expor meus brochinhos, flores e outros acessórios DESEJEI MUUUUITO um manequim. Semanas desejando e pesquisando um com cara de "moulage". E não é que ele veio?!

Assim, assim: no dia de provar o vestido para a formatura a Neusa estava limpando a bagunçada dela e me disse que ia jogar um montão de coisas fora. Então eu o avistei e foi paixão à primeira vista. Horrível que estava, ela nem acreditou quando eu saí da casa dela toda contente... Eis o distinto.

Caixinhas...Caixinhas... E muitas caixinhas...







Minha norinha Carol apareceu e também deu uma mãozinha...