domingo, 31 de janeiro de 2010

PICINGUABA - Parte 2




Fotos: Ilha das Couves

O passeio até a Ilha das Couves é imperdível. Fica a 10 minutos da praia de Picinguaba. Mas levem qualquer coisinha pra comer, pois o atendimento do único quiosque é precário. Na volta já no final da tarde quando o nosso barco cruzou com o de alguns pescadores fizemos a encomenda para o jantar. Era só ir buscar dali a uma meia hora o peixe fresquíssimo e limpo. Desejei muito umas lulas que vieram junto com o peixe e gentilmente o Nelson, um gatão grisalho que tem casa ali nos cedeu. Arrumei coentro na horta de uma senhora; coentro-bravo como eles chamam, parece uma folha de almeirão, mas é igualmente perfumado.
O peixe e as lulas, uma lata de molho de tomates, muita cebola, azeite, as duas folhinhas rasgadas daquele coentro e a benção de cozinhar tudo isso numa panela de barro que encontrei na casa, fizeram a luxúria do nosso jantar.

De madrugada a Carol e o Iago passaram mal. Vômitos e diarréia. Não podia ser o peixe, que além de fresco não fez mal a mais ninguém. Quando amanheceu procuramos o posto de saúde da vila, fomos gentilmente atendidos por uma moça que nos disse que a enfermeira aparece uma vez por semana e o médico agenda de 15 em 15 dias. Saímos de lá com um envelope de soro para preparar em casa. Batemos em retirada para a Santa Casa de Paraty (30 km) cada qual com o seu kit-vômito: toalha, saco plástico e garrafinhas de soro.

Passando pela médica, hospital bombando de gente com virose, a Carol foi liberada com uma receita de Plasil. O Iago além de um coquetel na veia, tomou 3 litros de soro. Disseram que poderia ser a combinação água+calor. Ok, ninguém pensou em lavar louça e escovar os dentes com água mineral Serra Negra.

Foi até bom não termos ido à praia naquele dia, pois descansamos a pele do sol. No final do dia estavam todos bem com exceção do Breno que passou a ter um comportamento estranho: falava pouco e coçava o corpo e os dentes (sim, dizia que tinha coceira nos dentes!). No início pensamos que ele estava fazendo laboratório de teatro e tirando um sarrinho da gente. Mas não passou e começamos a ficar preocupados. Daí a Carol se lembrou que ele também estava enjoado no final da tarde e tomou o Plasil receitado pra ela. A bula continha uma série de contra indicações, inclusive que poderia ter esses efeitos de inquietude deixando a pessoa meio fora do ar.

Em duas horas, depois que tudo aquilo passou fomos ao Bar do Ademar apreciar a lua e falar sobre o fim do mundo. E se um tsunami nos engolisse agora? Mal acabamos de falar a energia faltou e a lua sumiu. Creeeeedo!!!

Um comentário:

  1. olá, ja tive por ai ha mais ou menos uns 23 anos atras , amei , mas nunca mais voltei, pretendo levar meus filhos e meu marido para conhecerem este lugar maravilhoso. beijos.

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